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Quanto custa(va) ao Estado combater a pobreza?

por António Leal Salvado, em 30.12.11

RSI - Os mitos e a realidade

O cidadão atento tem tido muita dificuldade em perceber o que tem de verdade - ou de objetivo - a afirmação, tão propalada e explorada, de que "os portugueses vivem acima das suas possibilidades". O cidadão de boa fé (digamos 'o cidadão') prescrutou a realidade e, se não é por natureza complacente ou timorato, acaba indignado com o que conclui.

Os portugueses são pobres. Se o país está ou não nos níveis do terceiro mundo, já há quem conteste. Sobretudo quem reclama que a nossa competitividade se meça por comparação com a de chineses e asiáticos - isto, para sermos 'verdadeiramente'... europeus.
Concluem estes (os que acham que a Constituição deveria ser a lei fundamental dos direitos, liberdades e garantias da empresa) que, está bem de ver, a culpa é do Estado Social. Numa palavra: vivemos acima das nossas possibilidades, porque os pobres custam muito ao país dos nobres e destemidos banqueiros e empresários financeiros - ou mais precisamente, em Portugal os pobres vivem acima das suas (deles pobres e deles capitalistas) possibilidades.

Onde estão, nisto tudo, a realidade e o mito?
Nada como a objetividade e a frieza (literal) dos números:

 

 

I) Quantos pobres temos

 

 

 

 

 

 

II) Quanto o Estado gasta(va) com os pobres

Isto é,

o peso dos pobres e o peso dos outros

.

Conclusão: Como funcionou o Rendimento Social de Inserção?

FONTE: Blogue 'Arrastão'

 

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publicado às 21:45


2 comentários

De Luis Moreira a 31.12.2011 às 01:52

Quando eu digo que o Estado Social vive acima das nossas possibilidades quero dizer que não chega aos pobres. Se o estado não chega aos pobres é porque todos os outros vivem acima das suas possibilidades. Temos 100, distribuímos os 100 e ficam 2 milhões de fora. Isto é viver acima das nossas possiblidades. Dito de outro modo: é preciso distribuir apenas 95 para que os outros 5 cheguem aos pobres. Com a agravante de aqueles 100 que temos para distribuir 60% não produzimos cá. Eu não ponho em causa o Estado Social acho é que tem que chegar a todos e o que se distribui tem que ser produzido cá dentro (bem sei que o déficite zero que já andam para aí a ver se pega é impossível de ter pelo menos todos os anos)
Abraço, António, na linha do raciocinio que segue, o texto é muito bom!

De rui david a 31.12.2011 às 14:15

Excelente post. Na mouche.
Não é com "opiniães" avulsas e a generalização demagógica (ou leviana) de "casos", quando não de puros e simples boatos, normalmente de terríveis abusos, da "mulher que tem cento e cinquenta filhos e à conta do RSI recebe 4.00 euros por mês e já comprou um Porsche Cayenne e tudo", e do "cigano que...", que se discutem estas coisas. É com os números.
Infelizmente a opinião pública não se faz com análises objectivas. Faz-se com os "casos" e os boatos.

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