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Ontem em entrevista na SICN com o Presidente do sindicato, confirmamos o que se sabia. O que está em causa não é uma questão laboral ( as questões laborais são a   existência de sindicatos) mas sim uma razão disciplinar. Isto é, a administração da empresa encontrou razões para abrir inquéritos a alguns maquinistas e penalizá-los com alguns dias de faltas. O sindicato está contra! Pode estar  contra mas o que pode fazer é recorrer aos tribunais não pode ir para a greve!

E, se um médico, for excluído da prática da medicina pela Ordem, o sindicato dos médicos pode decretar uma greve? Claro que não!Se não estiver de acordo deve recorrer aos tribunais bem como o próprio interessado. Doutra forma os administradores e dirigentes não têm qualquer possibilidade de se fazerem obedecer, na prática quem passaria a dirigir a empresa seriam os sindicatos. Temos aí exemplos como seja o sindicato dos professores que defendia a não avaliação, a não existência de rankings e a possibilidade de todos os seus sócios atingirem o topo da carreira. São problemas de gestão, não são problemas laborais.

Na conversa de ontem falou-se a correr na dívida monstruosa que a CP tem que pagar, dívida que está ao nível da Região da Madeira e que tanta celeuma provocou. Diz António de Medeiros, presidente do sindicato que isso se deve a má gestão e a uns investimentos que se fizeram na linha do norte mas que nunca foram terminados e que não serviram para nada. O que é verdade! Mas isso não lhe dá o direito de dar a machadada final na empresa.

O prejuízo da greve montou a 2,5 milhões de euros e deixou apeados cerca de 2 milhões de passageiros, a maioria sem alternativa. Preparam-se para fazer outra greve no próximo dia 1 de Janeiro. Temos assim os maquinistas a gozarem a época de Natal e Ano Novo . Seria como os médicos fazerem greve nos hospitais sempre que houvesse uma epidemia potencialmente mortal. Ficavam em casa para não ficarem doentes. Ou os bombeiros sempre no verão, quando são precisos!

Logo, vamos ter a entrevista do presidente da companhia, saído da reunião que ainda decorre para tentar uma aproximação.

Uma coisa é certa. A CP tal como a conhecemos vai desaparecer. Vai deixar de ter o monopólio dos maquinistas, nas mesmas linhas vão operar mais que uma companhia com os seus próprios maquinistas como se faz em todo o lado onde já passaram por este problema. A CP é a empresa que mais greves faz! Mas vai deixar de ser!

E, faz favor não disparem que eu sou só o mensageiro!

PS: a esta hora já se sabe que não houve acordo, vamos ter mais uma greve. O Sindicato não percebe que pode exigir muita coisa, mas não pode exigir que a administração prescinda de uma das alavancas instrumentais mais importantes na gestão de uma empresa. Exercer a disciplina!

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publicado às 19:00


290 comentários

De António Jorge a 28.12.2011 às 15:39

As mordomias desses burgueses maquinistas estão a chegar ao fim. Essa é uma certeza!   

De Paulo Correia a 28.12.2011 às 15:45

Só faltou a «este esclarecido senhor» dizer que os serviços minimos decretados foram inadequados. Parece-me mais um «lacaio do governo» que acha que estas «mudanças estruturais» (parece-me simplesmente tirar todos os direitos de quem trabalha) são o futuro bom. amigo o que é público é de todos, todos podem reclamar e lutar por algo melhor. O que é privado (deve dar lucro sacrifique quem quer que seja).
tenho dito...

De John Doe a 28.12.2011 às 16:22

Concordo com o Paulo Correia. Já ouvi falar que os serviço mínimos decretados pela empresa não correspondem aos decretados pelo tribunal.

Não sei se isto é verdade ou não porque, infelizmente, sobre isto nunca se fala de forma clara e precisa.

Caso seja verdade, se os maquinistas recorressem aos tribunais a questão ia-se arrastar durante anos e anos, ou seja, como em muitas situações neste país miserável, os infractores iam sair beneficiados devido a uma justiça que trabalha a passo de caracol.

Sempre que há greves as televisões, infelizmente, optam por ir para as estações entrevistar os passageiros prejudicados pela paralisação em vez de tentarem esclarecer a fundo a questão.

Mesmo jornalistas como o sr Mario Crespo, que não é nenhum novato que saiu da faculdade ontem e que devia ter algum brio profissional, não sabia que os maquinistas descontam todos os meses para poderem suportar, quando assim o precisarem, as greves que fazem e que têm direito a fazer e veio para a televisão fazer figuras tristes dizendo que os maquinistas são dos poucos que têm o ordenado pago quando fazem greve.

Têm o ordenado pago mas convém que se diga, em abono da verdade, que são eles que o pagam o que só mostra que são uma classe organizada e precavida, para dizer o mínimo.

Acho piada que neste pais toda a gente reclama, reclamam contra as portagens, reclamam contra os impostos, reclamam contra os aumentos, reclamam, reclamam, reclamam.

Mas quando toca a lutar contra um sistema que torna os pobres mais magros e os ricos mais gordos ninguém mexe uma palha!

São como um autêntico rebanho manso à espera da tosquia e ainda criticam os que lutam com argumentos completamente idiotas como "têm bons ordenados e regalias".

Se os têm é porque lutam por eles, porque a maioria dos portugueses não os têm porque abdica deles e porque votam em pessoas que dizem em plena campanha eleitoral que facilitar os despedimentos vai ser bom para a economia e depois perdem toda a capacidade de reinvindicar pois sabem que se abrirem a boca estão no olho da rua no dia seguinte.

Ficarei à espera de ver o desfecho deste assunto... Isto se algum dia as televisões se derem ao trabalho de nos informar sobre isso pois começo a achar que certas notícias não interessa divulgar, como os motivos dos cancelamentos das greves dos pilotos da TAP e dos médicos! Parece que a certas classes sociais o governo não bate o pé, talvez por serem pessoas distintas ou usarem fato e gravata... Digo eu!

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 16:36

Doe, não fuja do assunto. A questão é disciplinar, os sindicatos nada têm a ver com a disciplina numa empresa. E, sabe porque é que eles fazem greve umas atrás das outras? Porque operam em monopólio, quando houver concorrência eles já respeitam as pessoas.

De John Doe a 28.12.2011 às 17:04

Se há coisa que eu não faço é fugir do que quer que seja...

Mas talvez possa explicar-me umas coisas que eu não percebo:

1º Se quem decreta quais são os serviços mínimos é um tribunal, porque é que é a empresa e não esse mesmo tribunal a responsabilizar os que não acarretam essa ordem?

2º Se é uma "questão disciplinar" porque é que a greve não foi considerada ilegal?

3º O que é que o facto de haver  monopólio e/ou concorrência muda?

No meu entender se houver concorrência a única coisa que muda é que as pessoas passam a ter alternativa, coisa que já se verifica nas situações em que uma pessoa pode utilizar autocarros ou outros meios de transporte público. Se os trabalhadores se mantiverem unidos e fizerem greve a empresa continuará a ter prejuizos.

Aliás, pensando bem, talvez seja essa a razão dos pilotos da TAP nunca chegarem a fazer realmente greve apesar das as marcarem (e sempre em periodos festivos como fim de ano ou Páscoa).

Se calhar é precisamente por as pessoas poderem optar por outras companhias aéreas que a TAP acaba por chegar a entendimento com os seus pilotos.

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 17:22

Doe, claro, isso é o que eu digo. E, para mim, esta greve é ilegal. Mas se calhar o sindicato dos maquinistas está a desenrolar corda para se enforcar. Já foi dito e não é segredo para ninguém que os transportes vão levar uma volta de todo o tamanho, nenhum país aguenta ter milhões de prejuízo nos serviços público. E, repare, eu estou a favor dos serviços públicos, quando sustentáveis.

De John Doe a 28.12.2011 às 17:28

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!

Agora você disse tudo...

Para "si" esta greve é ilegal... Ok, ok!!!

Sendo assim já não tenho mais nada a dizer...

De Manuel a 28.12.2011 às 17:41

Sr Luis Moreira, se tivesse prestado atenção tinha percebido que os processos disciplinares em causa remontam ao ano de 2010 e alguns estão relacionados com greves que nem foram dos maquinistas, esses processos, muitos deles com motivos irrisórios, foram arquivados com base num acordo assinado de livre vontade por ambas as partes, sindicatos e administração, agora foram "desarquivados" como forma de chantagem para  intimidar os trabalhadores. Não se trata de contrariar o poder disciplinar de uma empresa, é uma questão de ética, de responsabilidade e cumprimento das decisões tomadas. A CP não está a cumprir nem com os acordos que assinou nem com decisões do supremo tribunal de justiça. É uma empresa mandada pelo governo fora da lei que temos.

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 17:48

Não, a empresa está assegurar que é viável, porque sem disciplina não há organização nenhuma que sobreviva. Aliás, se é como diz, porque não mete o sindicato a administração em tribunal por incumprimento? Eu dou-lhe a resposta. É que o sindicato quer estender esse acordo sobre alguns processos de 2010 para todos os processos no futuro e para sempre. Ficamos com o sindicato a decidir sobre o que é ou não indisciplina. O problema é este não é outro.

De Manuel a 28.12.2011 às 18:41

Sr. Luis Moreira, o Sr. dá-me a resposta? Bom se sabe algo mais do que eu lhe expliquei é porque tem acesso a alguma informação privilegiada, neste caso, e visto que este tópico está muito concorrido,os restantes participantes gostariam com certeza de saber onde foi buscar essa informação e qual o seu teor. Para que esta discussão seja uma coisa séria devemos dizer o que sabemos, e não vir apenas para aqui escrever o que ouvimos ou o que deduzimos daquilo que ouvimos.
Já agora permita-me que lhe faça um reparo sobre este seu comentário:
"Se os maquinistas querem ter carros de luxo, mudem para gestores de empresas e façam-se nomear para as empresas do estado."
Que comentário mais descabido para quem critica tanto tudo e todos, já parece a opinião do artigo do Sr. Daniel Oliveira:
"Não gostam da luta dos maquinistas? Aprendam a conduzir comboios."
Ler mais: http :/ aeiou.expresso.pt / greve-dos-maquinistas-da-cp-nao-e-a-lei-do-mais-forte =f696500#ixzz1hr7csf4c" http :/ aeiou.expresso.pt / greve-dos-maquinistas-da-cp-nao-e-a-lei-do-mais-forte =f696500#ixzz1hr7csf4c
De qualquer forma os maquinistas não precisam de ser gestores para terem carros de luxo, eu se ganhasse 3500€ mensais podia muito bem ter um, por isso com certeza se eles não o tem é porque não querem.








Ler mais: http :/ aeiou.expresso.pt / greve-dos-maquinistas-da-cp-nao-e-a-lei-do-mais-forte =f696500#ixzz1hr7JaItI" http :/ aeiou.expresso.pt / greve-dos-maquinistas-da-cp-nao-e-a-lei-do-mais-forte =f696500#ixzz1hr7JaItI

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 19:09

Meu caro, não fuja ao problema. Leia a resposta que dei ao nosso interlocutor Fernando Almeida. O que está aqui em equação é o direito da administração levantar processos disciplinares, processos esses que estão regulados por leis próprias e que oferecem todas as garantias de defesa ao inquirido. E, ainda a possibilidade, caso não goste da decisão, de recorrer aos tribunais. O sindicato não pode com greves, impedir esse direito essencial da gestão das empresas ( acção disciplinar). Não vale a pena estar aqui a dizer-lhe o que aconteceria se a gestão das empresas largassem da mão a competência de abrir inquéritos disciplinares. Também compreendo que o sindicato queira iniciar a discussão um passo à frente desta questão essencial (possível acordo quanto ao arquivar inquéritos sem que estes sigam os seus trâmites normais) que  o presidente da empresa, em directo, disse que seria razão para imediatamente se demitir.
O sindicato quer "branquear" situações disciplinares que não são da sua competência. Porque será? É isto que discuto, o resto são outros assuntos que não são para aqui chamados.

De Manuel a 28.12.2011 às 19:55

Sr.Luis Moreira, cada um pode ter a sua opinião e terá que ser respeitado por isso e enquanto assim for estes blogs são saudáveis para todos, todos podem livremente participar e conhecer os problemas vistos de mais do que um lado.
1-Os Maquinistas sempre cumpriram com os serviços mínimos decretados pelos tribunais.
2-Os processos aqui em questão foram anteriormente arquivados pela administração (isto é um facto, não vamos aqui entrar em suposições que querem estende-los a outros) .3-Centenas de processos em tribunal podem atingir custos exorbitantes como provavelmente o Sr. sabe , para não me enganar em 99% desses processos será dada razão aos trabalhadores, imagine-se as custas dos processos a serem pagas pela parte que perder a acção, dinheiro dos contribuintes, mas isso não interessa, desde que se consiga enfraquecer uma associação coesa, como se costuma dizer, onde não há dinheiro não há poder, pode dizer que é a teoria da conspiração, talvez, mas que tem lógica tem. Contra isto tudo tenho apenas a condenar o timing da greve,mas isso com certeza que quem o decidiu já se arrependeu, esperemos que venham no futuro pelo menos dar um pedido de desculpas ao mexilhão. Trabalho na CP, sei o que se passa, e isto é opinião de muitos dos trabalhadores de diversas classes profissionais dentro da mesma empresa. Boas Festas

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 16:31

Ó Paulo, como é público pode ser destruído e ofender dois milhões de passageiros e não merecerem os nossos impostos.É isso?

De Mestre Hirão a 28.12.2011 às 15:51


Não há dúvida que quem está a mandar na CP são os sindicatos. Não conheço nenhuma empresa que tenha sido salva pelos sindicatos mas muitas já foram salvas pelos trabalhadores desde que os sindicatos não estivessem presentes.
Quanto mais depressa morrer a CP melhor.
Vai gerar desemprego? Não faz mal...eles também nunca quiseram trabalhar...

De Ó meu caro "Mestre"... a 28.12.2011 às 16:34

...Talvez nunca te tenha passado por essa "mente iluminada" que a função dos sindicatos não é salvar empresas, pois não?

Se cada um fizer a sua parte bem feita, as empresas nunca precisarão de ser salvas por ninguém.

O que eu não percebo, por mais voltas que dê à cabeça, é como é que uma empresa em dificuldades tem CINCO gestores que, ainda por cima, gastam por ano mais de 55.000 euros em Mercedes.

Depois a culpa é do trabalhador, não é??? Cá em Portugal a culpa é sempre do trabalhador, esse malandro preguiçoso e improdutivo. Depois, quando emigram são elogiados lá fora como sendo dos melhores...

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 16:38

Não fuja do assunto. Se os maquinistas querem ter carros de luxo, mudem para gestores de empresas e façam-se nomear para as empresas do estado.

De Não fuja você do assunto... a 28.12.2011 às 17:14

Os maquinistas têm tanto direito a ter Mercedes de luxo quanto os gestores de empresas que dão prejuízo.

Quando os nossos governantes começarem a pressionar os gestores a apresentar resultados talvez as empresas comecem a melhorar.

Mas infelizmente neste país, quando se fala em "aumentar a produtividade" não nos referimos a fazer mais e melhor no mesmo espaço de tempo.

"Aumentar a produtividade", em Portugal, quer dizer trabalhar da mesma maneira mas durante mais tempo e de forma gratuita para que assim o patrão possa baixar o preço de custo.

Isto tudo, claro, à custa do trabalhador, que se quer o mais precário possível para que nem pense sequer em reclamar, senão vai para o olho da rua logo a seguir...

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 17:17

Nisso , há muita coisa em que estamos de acordo. A produtividade não é culpa exclusiva ou principal dos trabalhadores...leia aí em cima um poste sobre "100 dias à espera de uma cirurgia no SNS"

De Pedro a 28.12.2011 às 15:56

Depreendo de boa parte dos comentários que li que o estado em que a economia portuguesa se encontra "desemprego de cerca de 15%, dívida soberana (sendo a privada 4 vezes a pública) maior que o PIB, etc., etc., etc." é da responsabilidade dos maquinistas da CP. Aquela coisa que resultou de emprestar dinheiro a quem não podia pagar e cobrando mais juros por isso. Andavam para aí a dizer que os culpados eram os professores, quer dizer os médicos, ou antes os enfermeiros, mas final foram os maquinistas da CP. Malandros!

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 16:32

Pedro, isso é como haver uma fogueira a arder e você ir lá deitar gasolina. Não tem culpa nenhuma, pois não?

De Pedro a 28.12.2011 às 17:46


Desse ponto de vista, se você estiver cercado a ser esturrado por ela, sem mais nada por perto que os bidões de gasolina, e os que a acenderam estiverem a ver todos confortáveis a uma distância que pensam ser segura, o que faz?

De Anonimo a 28.12.2011 às 16:19


Próxima vez que uma empresa tenha salário em atraso e meta processos nos funcionários por fazerem greve, que o povo fique bem caladinho porque o seu dever para com a empresa é ir para lá trabalhar seja em que condições forem.

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 16:33

Anónimo, não confunda quem tem trabalho com quem está desempregado.

De Ó Luis Moreira... a 28.12.2011 às 16:42

...Segundo referiu o anónimo, os que têm ordenados em atraso, supostamente ainda podem ter emprego. Você é que está a confundir as coisas porque lá por se ter ordenados em atraso não quer dizer forçosamente que já se está desempregado.

Eu ja tive ordenados em atraso, estava a trabalhar e o patrão a dizer-me ao telemóvel que não podia falar porque ia embarcar no avião (e fiquei a saber mais tarde que ia de férias de fim de ano...)

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 16:58

Pois , é como aqueles dois gajos que naufragaram e só têm um lugar no barco salva vidas. O que se sentou lá primeiro diz para o segundo. Sabes nadar? Não, responde o segundo. Ai vais morrer vais...os que estão com os salários em atraso também vão para o fundo, salvo raríssimas excepções.

De O Alentejano a 28.12.2011 às 16:40

Pensam os trabalhadores que os sindicatos resolvem os seus problemas. Digam-me um problema que tenha sido resolvido com uma greve??
Todos nós trabalhadores pensamos que os sindicatos deveriam existir para resolver problemas laborais. Estamos todos enganados. Os sindicatos antes de mais são organizações que empregam milhares de trabalhadores pagos com o nosso dinheiro público, pois são requisitados para trabalhar (??) nos sindicatos. Os sindicatos são o braço longo dos partidos politicos. A UGT do PS a CGTP do PCP e a politica que desenvolvem é a politica destes partidos. 90% dos sindicalistas da UGT e da CGTP há mais de 25 anos que não trabalham nas suas profissões, são profissionais que já nem sabem o que antes faziam, são como os operários do PCP que estão na politica e vivem da politica desde o 25 de Abril e que nunca mais trabalharam nas suas profissões. Veja-se o exemplo da Auto Europa onde os sindicatos não metem o dedo e é a única empresa que não faz greve.
O senhor Nogueira da FENPROOF há mais de 20 anos que não dá aulas, como pode defender os professores e considerar-se um deles se não trabalha?? Deveria antes considerar-se um politico profissional a mando do PCP.
A organização sindical como a conhecemos em Portugal não passa de uma brincadeira a mando de partidos politicos e à sua ordem.
Vejam a questão da TAP que já fez greve e vai fazer porque os senhores pilotos querem 20% da venda da empresa.
Em Portugal as greves não exercitam o direito constitucional, são feitas segundo o oportunismo politico dos partidos como arma de arremesso contra o governo.
A greve geral que foi um fiasco resolveu alguma coisa?? Nada. porque ninguém acredita nos sindicatos. Só faz greve os militantes e os simpatizantes dos partidos politicos e vão às manifestações porque lhe oferecem transporte.
Que sindicalismo temos nós se o dia 1º de Maio dia do Trabalhador é comemorado è parte: de um lado a CGTP do outro a UGT. Não somos todos trabalhadores??
pense-se nisto.
um abraço 

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 16:45

Alentejano, há mais de 20 anos que há um livro que se chama " A mentira dos sindicatos". Alguns destes amigos que aqui escrevem nunca ouviram falar dele...

De Ó Alentejano... a 28.12.2011 às 16:45

...Informe-se, homem!

As greves não são nem nunca foram feitas para resolver problemas!

São uma forma de luta!

Com tanta ignorância não admira que os patrões façam o que querem e bem lhes apetece neste país cada vez mais miserável!

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 17:24

Ó Alentejano, a luta serve para atingir objectivos, ou não?

De Amarelo a 28.12.2011 às 16:50

Independentemente de alguma razão que possa existir em relação a vários pontos, este post revela desconhecimento em relação à realidade dos factos (a entrevista de ontem ao presidente da CP não foi esclarecedora porque, infelizmente, o entrevistador Mário Crespo não fez o "trabalho de casa"). O que está em causa é que foi assinado a 9 de junho de 2011, entre o SMAQ e o CA da CP, um acordo que previa o arquivamento dos processos disciplinares relativos a greves. Acordo esse que o CA da CP "rasgou", reabrindo e punindo maquinistas, em alguns casos mais de um ano depois dos factos ocorridos (e NÃO RESPEITANDO O ACORDO ASSINADO a 9 DE JUNHO): Esta é a realidade!
O entrevistador Mário Crespo quis fazer tantas perguntas que até se perdeu e não fez a pergunta principal, relativa ao acordo de 9 de junho - QUE A CP NÃO CUMPRIU!

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 17:05

Tenha paciência, a questão é que se a administração da empresa rasgasse os inquéritos nunca mais teria mão na empresa. Foi o que disse o presidente e com toda a razão. A disciplina não faz parte das funções do sindicato. E se há acordos para arquivar os inquéritos , não são todos os inquéritos e para todo o sempre. O presidente do sindicato também fez tudo para o Crespo não falar.

De Um Gajo Qualquer a 28.12.2011 às 16:53

Não conhecia este blog.


Gostei do post e da pluralidade dos comentários.


Vou voltar :)


BOAS FESTAS!

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 17:06

Obrigado. Volte sempre!

De orimisac a 28.12.2011 às 16:55

Como diria o outro....."Há razões que a própria razão desconhece".
Então quando os Pilotos da TAP fazem greve (uma durou 21 dias, só tendo terminado por intervenção do então Presidente da República Sr. General Ramalho Eanes) também são os "comunistas" que manipulam o Sindicato dos Pilotos?????
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Como diria o outro....."Há razões que a própria razão desconhece". <br /> Então quando os Pilotos da TAP fazem greve (uma durou 21 dias, só tendo terminado por intervenção do então Presidente da República Sr. General Ramalho Eanes) também são os "comunistas" que manipulam o Sindicato dos Pilotos?????<br /> <p class="incorrect" name="incorrect" <a="">NB . Não sou comunista nem os defendo muito longe disso, mas nem sempre são eles os culpados. <br /></p>

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 17:10

Essa dos pilotos é para que se veja até onde vai a ganância. Alguém acredita que a greve ( um direito conquistado com suor e sangue) serve para tornar todos os pilotos milionários à custa do contribuinte e dos colegas da TAP? O direito à greve também serve para tornar os pilotos milionários? É essa a essência e a razão do direito à greve?

De John Doe a 28.12.2011 às 17:22

Você sabe muito bem que numa sociedade livre os ordenados estão de acordo com as responsabilidades da função do profissional que a exerce... É claro que um piloto tem de ganhar bem... Assim como em qualquer profissão na qual recaia a segurança das pessoas.

A mim parece-me é que fala-se muito dos ordenados e pouco das razões e motivos das reinvindicações.

Enfim, é a mentalidade do portuguesinho pequenino e invejoso que olha mais para o que os outros ganham e não para o que realmente fazem...

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 17:26

Doe, tinha que ser o portuguesinho invejoso. O facto é este. Acha que a greve serve para tornar os pilotos milionários? Não fuja, responda.

De John Doe a 28.12.2011 às 17:51

Não posso responder porque nem sequer sei quanto é que os pilotos ganham.

Sei que têm ordenados elevados que resultam do facto de terem profissões de muita responsabilidade, mas não sei quanto ganham nem sei sequer quais são as reinvindicações dos pilotos.

O que sei é que não vou criticar alguém que faz greve só porque o ordenado dele é várias vezes superior ao meu.

A verdade é que em muitos comentários que vejo, não se fala de nada em concreto excepto "nesses malandros com bons ordenados", como se ter um ordenado acima da média fosse motivo para estar calado e permitir tudo.

Em relação à TAP, no geral, o que eu sei é que, segundo a notícia deste verão (que poderão confirmar no google) a empresa bateu recordes de taxas de ocupação.

Portanto o que o "Zé Povinho", desculpe o termo, tem de perguntar, é porque é que a empresa tem resultados maus tendo taxas de ocupação altas!

Da mesma maneira que tem de perguntar porque é que a CP e outras empresas de transporte públicas têm prejuízos, quando a realidade mostra que há cada vez mais portugueses a deixar o carro em casa, por causa do preço da gasolina, e a utilizar transportes públicos.

Acho estranho que, quando há cada vez mais pessoas a usar transportes públicos, estes continuem a dar prejuizos... Sempre achei que isso fosse uma questão de má gestão mas se calhar é mais fácil dizer que são os pilotos/maquinistas que ganham demasiado!

De Joaquim Gil a 28.12.2011 às 18:01

Caro John Doe, certamente que os vencimentos terão de ser atribuidos conforme as responsabilidades e especialidades de cada profissional, o que já acontece e sempre tem acontecido, mas estes profissionais não se podem esquecer que estão inseridos numa sociedade, onde há dificuldades inaceitáveis, para a grande maioria dessa sociedade, estas classes profissionais, tanto maquinistas como pilotos, já auferem vencimentos muito acima da média e na sua mente não há limites, querem sempre mais e mais, dando a ideia que só eles têm direito a viver e à sua volta, tudo o resto é paisagem, o dinheiro dum país é um bolo a dividir por todos, quanto mais comerem uns, menos bolo sobra para os outros!!

De Mário Coré a 28.12.2011 às 17:02

Parabens Luis pelo seu belíssimo texto , por favor não pare de escrever estas pérolas.
Esta empresa é mais uma vitima dos parasitas da sociedade (Sindicato) , ora se uma empresa não é lucrativa , não é com varias paralisações por ano que vai comecar a dar
frutos. Cada dia de greve ( prejuizo) é mais uma pasada de terra em cima da muribunda CP.
Aqui deixo uma mensagem aos sindicatos , deviam ajudar as empresas a resolver os seus problemas , pois cada empresa que não feche é uma mais valia para os seus funcionarios e O DEVER DOS SINDICATOS É AJUDAR OS TRABALHADORES E NÃO ACABAR COM POSTOS DE TRABALHO , É PARA DEFENDER OS SEUS INTERESSES QUE TRABALHADORES PAGAM AS COTAS AOS SINDICATOS
Cumprimentos



 

De Luis Moreira a 28.12.2011 às 17:14

Obrigado, Mário! Esta greve faz parte de uma política de terra queimada. Voltou " o quanto pior ,melhor " Num país com 2 milhões de pobres e 800 000 desempregados os sindicatos que representam quem tem emprego e vencimento e outras mordomias são os que exigem mais e mais. Há algo de muito errado nisto!

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