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Ontem em entrevista na SICN com o Presidente do sindicato, confirmamos o que se sabia. O que está em causa não é uma questão laboral ( as questões laborais são a   existência de sindicatos) mas sim uma razão disciplinar. Isto é, a administração da empresa encontrou razões para abrir inquéritos a alguns maquinistas e penalizá-los com alguns dias de faltas. O sindicato está contra! Pode estar  contra mas o que pode fazer é recorrer aos tribunais não pode ir para a greve!

E, se um médico, for excluído da prática da medicina pela Ordem, o sindicato dos médicos pode decretar uma greve? Claro que não!Se não estiver de acordo deve recorrer aos tribunais bem como o próprio interessado. Doutra forma os administradores e dirigentes não têm qualquer possibilidade de se fazerem obedecer, na prática quem passaria a dirigir a empresa seriam os sindicatos. Temos aí exemplos como seja o sindicato dos professores que defendia a não avaliação, a não existência de rankings e a possibilidade de todos os seus sócios atingirem o topo da carreira. São problemas de gestão, não são problemas laborais.

Na conversa de ontem falou-se a correr na dívida monstruosa que a CP tem que pagar, dívida que está ao nível da Região da Madeira e que tanta celeuma provocou. Diz António de Medeiros, presidente do sindicato que isso se deve a má gestão e a uns investimentos que se fizeram na linha do norte mas que nunca foram terminados e que não serviram para nada. O que é verdade! Mas isso não lhe dá o direito de dar a machadada final na empresa.

O prejuízo da greve montou a 2,5 milhões de euros e deixou apeados cerca de 2 milhões de passageiros, a maioria sem alternativa. Preparam-se para fazer outra greve no próximo dia 1 de Janeiro. Temos assim os maquinistas a gozarem a época de Natal e Ano Novo . Seria como os médicos fazerem greve nos hospitais sempre que houvesse uma epidemia potencialmente mortal. Ficavam em casa para não ficarem doentes. Ou os bombeiros sempre no verão, quando são precisos!

Logo, vamos ter a entrevista do presidente da companhia, saído da reunião que ainda decorre para tentar uma aproximação.

Uma coisa é certa. A CP tal como a conhecemos vai desaparecer. Vai deixar de ter o monopólio dos maquinistas, nas mesmas linhas vão operar mais que uma companhia com os seus próprios maquinistas como se faz em todo o lado onde já passaram por este problema. A CP é a empresa que mais greves faz! Mas vai deixar de ser!

E, faz favor não disparem que eu sou só o mensageiro!

PS: a esta hora já se sabe que não houve acordo, vamos ter mais uma greve. O Sindicato não percebe que pode exigir muita coisa, mas não pode exigir que a administração prescinda de uma das alavancas instrumentais mais importantes na gestão de uma empresa. Exercer a disciplina!

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publicado às 19:00


290 comentários

De Michel,Coinbra a 30.12.2011 às 20:21

Nós passageiros vamos todos também fazer greve.

De Manuel a 30.12.2011 às 23:33

Uma vez que ninguém pega na outra continuo nesta. Os maquinistas tb tem uma página na net  www.maquinistas.org . mas curiosamente não falam da greve. Já no facebook o caso tb é discutido e vi um artigo interessante que acho vale a pena ler com atenção:

Falácias que se ouvem e lêem em vários sítios, por estes dias:

1) Segundo algumas fontes, desde Fevereiro até junho de 2011 houve 2 milhões de prejuízo devido a greves.

Em Junho a CP e as finanças concordaram que aquilo pelo qual lutavam
os trabalhadores da tracção era também benéfico para a empresa ; os
maquinistas tinham razão, por isso todo o ónus dos prejuízos deve ser
imputado...aos maquinistas.

2) os maquinistas participaram nas
greves gerais de forma voluntária sendo solidários com os restantes
trabalhadores do país, demonstrando consciência social (e teríamos
agora menos processos disciplinares), logo... os maquinistas são
corporativistas e pensam apenas no seu próprio umbigo.

3) nos
vários acórdãos do tribunal arbitral que ocorreram desde há um ano está
explícito que "CABE À EMPRESA FACULTAR TODOS OS MEIOS NECESSÁRIOS À
EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS MÍNIMOS" logo... se os maquinistas não
compareceram a esses mesmos serviços por não lhe terem sido
proporcionados os meios necessários devem incorrer em procedimento
disciplinar.

4) com a greve no Natal houve uma franja da
população que ficou sem transporte...todavia em 2012 vão encerrar mais
de 600km de via férrea e a CP emite comunicados aos clientes a dar-lhes
como alternativa (citamos)... "a rodovia".

5) Lendo o acórdão
39/2011 do CES, no dia 28/10/2011 A CP e sindicatos reunem-se ne
Direcção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho para acordarem
serviços mínimos para a greve entre 08 e 12 de Novembro; não havendo
acordo foram as actas da reunião enviadas pela Sub-directora para o
Conselho Económico e Social onde é definido o Tribunal Arbitral com
árbitro representante da empresa, reunindo-se este no dia 03/11/2011
onde foram definidos serviços mínimos apenas para o Lusitânia Comboio
Hotel. Após todas estas formalidades legais a empresa de forma
unilateral no dia 07/11/2011 delibera a ilegalidade da greve e ameaça
com faltas injustificadas e procedimentos disciplinares àqueles que a
ela aderirem...logo a empresa não enceta perseguições aos maquinistas.


6) A greve é um direito constitucional...e tal.. MAS...MAS...os
maquinistas ganham muito bem, até ganham (pasmem) 6 euros de
diuturnidades (???!!) por dia, logo...devem-se sujeitar a todos os
desmandos e abusos de poder.

7) «...a Lei de Bases dos
Transportes Terrestres determina que o Estado é responsável pelos
investimentos. Devia também ser o responsável pelo seu pagamento e não
as empresas. O Estado demitiu-se de uma função que está consagrada em
Lei. Portanto, chegámos a um ponto em que o investimento não era
assumido pelo Estado, mas sim através de dívida no balanço das empresas;
as indemnizações compensatórias eram insuficientes para cobrir os
custos…e o problema foi sempre o mesmo, assim como a lógica:
desorçamentar!», Secretário dos Transportes dixit.
Dívida total de 3.8 mil milhões...mas os maquinistas estão a afundar a empresa.


8) maquinistas cheiram mal dos pés e têm mau hálito, logo... devem ser
obrigados a andar com uma estrela de David cosida na lapela.

De Manuel a 30.12.2011 às 23:35

Uma vez que ninguém pega na outra continuo nesta. Os maquinistas tb tem uma página na net  www.maquinistas.org . mas curiosamente não falam da greve. Já no facebook o caso tb é discutido e vi um artigo interessante que acho vale a pena ler com atenção:

Falácias que se ouvem e lêem em vários sítios, por estes dias:

1) Segundo algumas fontes, desde Fevereiro até junho de 2011 houve 2 milhões de prejuízo devido a greves.

Em Junho a CP e as finanças concordaram que aquilo pelo qual lutavam
os trabalhadores da tracção era também benéfico para a empresa ; os
maquinistas tinham razão, por isso todo o ónus dos prejuízos deve ser
imputado...aos maquinistas.

2) os maquinistas participaram nas
greves gerais de forma voluntária sendo solidários com os restantes
trabalhadores do país, demonstrando consciência social (e teríamos
agora menos processos disciplinares), logo... os maquinistas são
corporativistas e pensam apenas no seu próprio umbigo.

3) nos
vários acórdãos do tribunal arbitral que ocorreram desde há um ano está
explícito que "CABE À EMPRESA FACULTAR TODOS OS MEIOS NECESSÁRIOS À
EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS MÍNIMOS" logo... se os maquinistas não
compareceram a esses mesmos serviços por não lhe terem sido
proporcionados os meios necessários devem incorrer em procedimento
disciplinar.

4) com a greve no Natal houve uma franja da
população que ficou sem transporte...todavia em 2012 vão encerrar mais
de 600km de via férrea e a CP emite comunicados aos clientes a dar-lhes
como alternativa (citamos)... "a rodovia".

5) Lendo o acórdão
39/2011 do CES, no dia 28/10/2011 A CP e sindicatos reunem-se ne
Direcção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho para acordarem
serviços mínimos para a greve entre 08 e 12 de Novembro; não havendo
acordo foram as actas da reunião enviadas pela Sub-directora para o
Conselho Económico e Social onde é definido o Tribunal Arbitral com
árbitro representante da empresa, reunindo-se este no dia 03/11/2011
onde foram definidos serviços mínimos apenas para o Lusitânia Comboio
Hotel. Após todas estas formalidades legais a empresa de forma
unilateral no dia 07/11/2011 delibera a ilegalidade da greve e ameaça
com faltas injustificadas e procedimentos disciplinares àqueles que a
ela aderirem...logo a empresa não enceta perseguições aos maquinistas.


6) A greve é um direito constitucional...e tal.. MAS...MAS...os
maquinistas ganham muito bem, até ganham (pasmem) 6 euros de
diuturnidades (???!!) por dia, logo...devem-se sujeitar a todos os
desmandos e abusos de poder.

7) «...a Lei de Bases dos
Transportes Terrestres determina que o Estado é responsável pelos
investimentos. Devia também ser o responsável pelo seu pagamento e não
as empresas. O Estado demitiu-se de uma função que está consagrada em
Lei. Portanto, chegámos a um ponto em que o investimento não era
assumido pelo Estado, mas sim através de dívida no balanço das empresas;
as indemnizações compensatórias eram insuficientes para cobrir os
custos…e o problema foi sempre o mesmo, assim como a lógica:
desorçamentar!», Secretário dos Transportes dixit.
Dívida total de 3.8 mil milhões...mas os maquinistas estão a afundar a empresa.


8) maquinistas cheiram mal dos pés e têm mau hálito, logo... devem ser
obrigados a andar com uma estrela de David cosida na lapela.

De António Alves a 04.11.2012 às 10:58

Post completamente falacioso. O motivo das greves não tem nada a ver com os "processos disciplinares" absolutamente ilegais que são consequência da adesão ás greves. O motivo principal, e recorde-se que a greve é ao trabalho extraordinário e dias feriados, é devido ao facto da empresa com a cobertura do governo pretender igualar o trabalho extraordinário e em dia feriado ao trabalho em dia normal. Mais duas coisas: o SMAQ é independente, não é "correia de transmissão" de nenhum partido, e também nada impediria de um sindicato decretar uma greve por questões jurídicas. O recurso aos tribunais deve existir mas não invalida outras acções mais expeditas. Melhor: a CP foi condenada em Supremo Tribunal de Justiça a pagar aos maquinistas avultadas verbas que tem sonegado nos seus salários ao longo de décadas e não cumpre. Reforço: não cumpre uma sentença de um tribunal superior e ninguém a força a cumprir. Este tipo de posts são escritos por gente mesquinha, ignorante ou, pior ainda, por gente politicamente motivada de interesses inconfessados..

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