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Ouvi ontem à noite na TV excertos do discurso esquizofrénico do primeiro-ministro no encerramento daquela coisa a que chamou debate com a sociedade civil com vista à reforma do Estado. Sentada no sofá da sala, já tarde, com o tabuleiro do jantar sobre os joelhos, tentei perceber um vislumbre de sanidade, um mínimo de coerência, autenticidade e verdade. Nada. Passos Coelho que no discurso do Pontal, há 4 meses, anunciava a retoma da economia já em 2013, parecia um alucinado entrincheirado numa obstinada fuga em frente num caminho de terra queimada, responsabilizando todos quantos se têm oposto à sua política irracional e anti patriótica, pela tragédia que se avizinha. O homem isolou-se numa bolha de rancor e autosuficiência e já só se ouve a si próprio.
Imagem do facebook
Tivesse eu seguido os conselhos de madame Jonet e já teria amealhado o suficiente para substituir o meu velhinho portátil que há muito vinha ameaçando e acaba de estoirar. Sim, não andasse eu a espatifar dinheiro em longos períodos de quinze dias férias em paraísos exóticos como a Costa Vicentina todos os verões, ficasse sentadinha em frente ao televisor em vez de andar a derreter dinheiro em cinema, concertos de jazz, no regabofe que é a Festa da Música, todos os anos, imaginem a loucura, já para não falar no dinheirão em cereais ao pequeno almoço, sim porque no tempo de madame Jonet quem é que comia cereais ao pequeno almoço? uma torradita e já era um luxo, que a electricidade sempre foi cara, era o papo seco com margarina e copo de leite com Mokambo, que o Nescafé era só para gente fina. E os banhos? ela só falou na escovagem dos dentes com água a correr esqueceu-se desta mania do banho diário que se entranhou nesta gentinha trazido pelos retornados das áfricas que tinham o hábito de tomar dois e três banhos por dia. E os yogurtes? agora toda gente mama yogurtes, que são para cima dum dinheirão. E a moda das saladas? Dantes não havia esta paranoia e não consta que se fosse menos feliz por isso.
Quando me cruzar com madame Jonet que por acaso é minha vizinha em Oeiras, não deixarei de lhe agradecer a lição que me deu.
"Posso compreender que é difícil equilibrar orçamentos do Estado, mas há limites à dignidade humana. Será que algum governante já tentou viver com o que pensar pagar-se num mês de subsídio mínimo de desemprego? E ainda pensa reduzi-lo? O que pensa um governante quando olha ao espelho e diz em voz alta que vai pagar esse valor em subsídio?"
Sabem os meus amigos quem foi o autor de tão arrojada escrita de pendor subversivo, este perigoso esquerdista? Pois trata-se nem mais nem menos do que João Duque na sua coluna "Confusion de Confusiones" no Caderno de Economia do Expresso.
Chegados a este ponto, quando destacados membros da elite que ajudou Passos Coelho e tutti quanti a chegar ao poder, sentem repulsa e necessidade de se demarcar claramente da política de traição praticada por fanáticos, irresponsáveis mentirosos incapazes de lidar com a realidade, quando o Presidente da República se mantém num pesado silêncio desistindo de ser o porta-voz do povo que sofre, não restam dúvidas de que já fomos engolidos pelo abismo.
"Os Portugueses não têm nenhuma dívida com o Estado. Os trabalhadores pagam todos os seus gastos sociais. Quem vive do seu salário paga os seus gastos sociais. Segundo o Eurostat o conjunto do salário representa 50% do PIB e no entanto 75% de todos os impostos vêm dos salários."
Ouvir aqui toda a entrevista de Raquel Varela, coordenadora do livro "Quem paga o Estado Social em Portugal".
1. Como é possível que ao fim de dois anos de políticas de austeridade duras com efeitos desastrosos na economia, no emprego, na qualidade de vida e dignidade das famílias, o FMI venha agora dizer que se enganaram de forma colossal quanto às medidas impostas aos países sob assistência financeira?
2. Porque carga de água o Ministro das Finanças promove uma conferência de imprensa com pompa e circunstância para apresentar um programa devastador de aumento generalizado de impostos, que mais parecia uma cena sado de castigo dos portugueses, em que por exemplo a retirada da cláusula de salvaguarda do IMI provocou o pânico generalizado dos contribuintes, para agora como facilmente percebe, se preparar da adocicar a pastilha? Então primeiro fazem um filme de terror para depois com medidas de cosmética o transformarem num filme de suspense? Mas esta gente anda a gozar connosco?
3. Na confusão em que se transformou a elaboração do orçamento para 2013, veio agora a lume a possibilidade do despedimento de cerca de 50.000 funcionários públicos com contratos a prazo. Querem ver que o governo se prepara para dispensar a catrefa de assessores que contratou para os gabinetes ministeriais, aos quais pagou os subsídios de férias e de natal que retirou aos funcionários públicos e pensionistas?
Quem já foi a uma manifestação da CGTP na vida foi a todas. Quero eu dizer que a manifestação do Terreiro do Paço foi igualzinha a qualquer outra que tenha ocorrido ao longo dos últimos trinta anos. A manifestação foi grande? foi!. Podia ter sido maior? sem dúvida.! Aliás, devia ter sido muito maior. Só não foi por manifesta incapacidade ligada ao sectarismo cada vez mais presente no discurso de Arménio Carlos. Não há paciência, não há pachorra, com este tipo de discurso não há futuro. Se por um lado a grande força da manifestação de 15 de Setembro foi também a sua fraqueza por falta de uma direcção que guiasse e enquadrasse o protesto, com a CGTP a coisa é exactamente ao contrário, a sua fraqueza é o seu discurso não inclusivo e profundamente dissociado da uma nova realidade laboral, social e económica, completamente diferente da que existia há trinta anos. Acresce uma nota de mau gosto absolutamente lamentável terem chamado para animar a festa os homens da luta, uma vergonha, eu nem queria acreditar. Este nivelar por baixo é indigno.
Resumindo, gostei de lá ter estado, cantei a Internacional, o hino da Intersindical, a Portuguesa, só não ouvi uma única palavra do Arménio Carlos. Infelizmente ele não tem nada para me dizer.
Jovens licenciados não encontram emprego em Portugal e ponderam emigrar, a taxa de desemprego em Portugal fixou-se nos 16%, com tendência para aumentar, 45% dos jovens em Portugal estão desempregados.
É caso para perguntar ao senhor ministro Miguel Macedo, se são estas as cigarras a que se refere. Infelizmente esta gente mostra que não percebeu nada do que passou no passado dia 15 de Setembro, não aprende nem a martelo, está a precisar de levar com um enxame de formigas brancas a ver se desampara a loja.
Andamos nós aqui aflitos com a solução, e afinal é simples: nada de virilidade, e muita oração à Senhora de Fátima...
Devagar, devagarinho, vêm a lume os detalhes picantes da preparação da comunicação fatal do primeiro ministro sobre a medida da TSU. Nesta história indecorosa, é evidente a construção de uma narrativa com a intenção de entalar os ministros do CDS-PP que não podiam sair pior na fotografia, e de mostrar que foram os ministros do PSD que levantaram dúvidas quanto à medida. Esta história não vai acabar assim....
À medida que o tempo passa, mais se confirma que a medida relativa à alteração da TSU apresentada por Passos Coelho foi não só tratada com os pés, como se tratou de uma medida mal preparada e mal estudada, decidida no secretismo dos gabinetes, imposta como facto consumado ao país, uma prepotência de quem julga que não tem de dar satisfações a ninguém, nestes tempos de emergência nacional. O homem de Massamá, que cultiva o narcisismo do homem modesto para enganar parolos, não passa de um servidor fanático dos desígnios da senhora Merkel e dos interesses dos credores. Afinal há mais gente a apresentar propostas.
Já todos percebemos que Paulo Portas estava à espera de passar entre os pingos da chuva na questão da TSU. Simplesmente, tal como a restante troika nacional constituída por Passos/Borges/Gaspar, nunca lhe passou pelos cínicos neurónios, que as manifestações ocorridas por todo o país, tivessem um impacto com a dimensão de uma sublevação pacifica. Estupefacto perante o vigor da recusa e a determinação dos portugueses, veio contar uma história patética muito mal amanhada, assim de-va-ga-ri-nho, em modo à la Gaspar, a ver se os portugueses se condoiam da sua sorte. Pode tirar o cavalinho da chuva. A manobra em jeito de desculpa patrioteira de tentar convencer-nos de que " não bloqueou a decisão porque isso seria trágico para Portugal" é além de cínica, facilmente desmontável. Se a própria troika veio dizer que não a exigiu, a medida só é explicável como um expediente de vingança manhosa por parte de Passos e Gaspar, lívidos pela decisão do Tribunal Constitucional relativamente aos cortes dos subsídios na função pública, de pensionistas e reformados. Portas tentou passar a ideia de que a TSU não era um imposto, logo estaria salvaguardada a posição que durante todo o verão deixou passar para a opinião pública de que não aceitaria mais aumentos de impostos. Maior cinismo e falta de respeito intelectual pelos portugueses é difícil encontrar.
imagem: Manifestação 15 de Setembro, Marisa Vieira, retirada do facebook.
Pedro Passos Coelho, com aquela cara de lorpa que Deus lhe deu, nunca lhe passou pela cabeça que a sua desastrada comunicação ao país na passada sexta-feira antes de ir cantar a Nini dos seus 15 anos, provocaria o levantamento indignado dos portugueses, insultados e enxovalhados pela selvajaria das propostas. Não contente com isso o Gaspar veio reforçar a dose. Perante o descontrolo completo da situação, Cavaco Silva está em pânico, e mandou a sua ajudante de campo reunir as tropas. Antes isso. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Já mete nojo aos cães falar do Relvas. A situação é tão insólita, caricata e absurda na história da democracia portuguesa que é razão para nos questionarmos se realmente ainda vivemos em democracia. O homem resolveu novamente dar um ar da sua graça, agora em terras de Vera Cruz. Quando questionado pelos jornalistas sobre a evolução do caso da RTP, respondeu com aquele seu ar misto de autosatisfação meio bronca meio apalermada, de que o "o assunto da RTP está resolvido". Resolvido como? mas então não foram feitos estudos, não veio o Borges das privatizações dar uma entrevista meio encomendada falar em concessão a privados do serviço publico? depois do teste, que correu mal como só podia correr, não veio Passos dizer que ainda nada estava decidido? Será que é o Alberto da Ponte que vai resolver? Já não basta o massacre a que todos estamos sujeitos com as medidas iníquas que nos estão a ser infligidas ainda temos que gramar este gajo? Eu confesso que cada vez que ele fala me sinto pessoalmente insultada.
Por entre a modorra deste arrefecido mês de Agosto, as más notícias tornaram-se banais e silenciosas. Tal como com uma doença terminal, uma sensação de irrealidade apoderou-se de nós e por momentos queremos pensar que tudo não passa de um pesadelo e que logo vamos acordar na terra do leite do mel. “Mais de 200 famílias por dia deixam de pagar à banca”; “709 mil portugueses em incumprimento de crédito”.
Mas não, o pesadelo passista/relvista/gasparista continua a minar qualquer veleidade que nos permita acalentar a esperança de que o massacre terá um fim. Os taxistas, que não devem ter mãos a medir agora que “mais de 41 mil idosos deixaram de comprar o passe da Carris”, que se cuidem.
Faleceu ontem a grande Chavela Vargas. "No volveré" é a minha canção favorita, naquela voz está tudo, emoção, paixão, sofrimento e redenção.
"Imperfection is beauty, madness is genius and it’s better to be absolutely ridiculous than absolutely boring.”
Há 50 anos tornou-se um ícone.
Marilyn Monroe - (nascida Norma Jeane Mortenson; Junho 1, 1926 – Agosto 5, 1962)
Bom fim de semana para todos.
O tronco nu sublinhado pelos calções cor-de-rosa deslavado, deprime-me. As declarações do "povo anónimo" encantado e corrompido pela presença do senhor primeiro-ministro", enojam-me. "Persona non grata". Pois sim...
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