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Deixo o vídeo. As palavras do David Caetano terão de ir lê-las ao Katano.
Devem ir lê-las. Pela memória e contra o branqueameto do fascismo.
Será interessante ver as primeiras páginas dos jornais de amanhã. Os editoriais, as crónicas de opinião. Não penso, de todo, que a morte de Hermano Saraiva seja fracturante. A história É e não se apaga. Mas amanhã ficaremos a saber, ainda melhor, o que realmente move os jornais portugueses. Se a verdade, se a coisa do costume. Os senhores directores não se poderão esconder atrás dos grupos económicos que controlam os jornais que dirigem.
Amanhã vai ser um dia importante para o jornalismo português. Saia o que sair, também aquelas primeiras páginas não se apagarão. Como não se apagou 69.
Não há desculpas, portanto.
"Em algum momento, ponderou não falar?
Não. Tinha de ter condições para o fazer. O que esperava era que me prendessem e espancassem, mas eu tinha de pedir a palavra. Era o meu compromisso. Mas quando entrei para a sala pensei para mim próprio: “isto não vai ter grande efeito, estou sozinho, eles vão fazer aquilo que eu estou a pensar que vão fazer, vão-me prender”. Mas entretanto entram os meus colegas que ocupam toda a sala. Recordo-me de uma fotografia do Celso em cima de um colega nosso a mandar entrar os nossos colegas. Quando vi os meus colegas na sala pensei: “a batalha está ganha”. Perante o meu pedido de palavra, o Américo Tomás disse “bom, e agora fala o ministro das Obras Públicas”. Depois prenderam-me nessa noite, à saída da AAC. Vinham com uma pistola e disseram “o senhor é o Alberto Martins? Então considere-se preso”. Levaram-me e lá fiquei até ao meio-dia do dia seguinte. Passada uma hora oiço um barulho brutal. Eram os colegas que tinham ido para a porta da PIDE a pedir a minha libertação. Foram banidos violentamente com graves agressões. No dia seguinte libertaram-me e suspenderam-me das aulas e de qualquer actividade universitária.
Depois, a academia faz greve às aulas com uma grande adesão, inclusive dos professores, e o José Hermano Saraiva afirma que “a ordem será inexoravelmente mantida na Universidade de Coimbra”, com rosto e voz ameaçadora, algo que teve uma resposta esmagadora com a greve. Depois, o governo encerra a universidade e nós decidimos fazer então a greve aos exames. Fizemos piquetes de greve, fomos espancados, presos pela Polícia Judiciária, levados a tribunal e absolvidos, acusados do crime de tumulto público que era um crime que não era exercitado em termos de acusação desde a monarquia. Em Agosto, após a greve aos exames, a AAC é encerrada e 49 de nós são incorporados compulsivamente no exército, como traidores à pátria. Coimbra, na altura, foi uma ilha de liberdade." (fonte)
Hoje morreu um salazarista convicto.
Hoje morreu um homem que foi cúmplice na perseguição, agressão e detenção, pela PIDE e pela GNR, de estudantes durante a crise académica de 69.
Hoje morreu um homem que, em 30 de Abril desse ano, ameaçou o país com as seguintes palavras "a ordem será restabelecida em Coimbra" (a ordem acabou por ser restabelecida, sim, mas no dia 25 de Abril de 1974).
Hoje morreu um homem que escreveu romances históricos.
Já chorei muitas mortes este ano.
Hoje não o farei.
Hoje morreu um homem.
Hoje não morreu a memória.
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