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Isaac Albéniz – Pianista e compositor espanhol

por António Filipe, em 29.05.13
No dia 29 de Maio de 1860, nasceu, em Camprodon, na Catalunha, o pianista e compositor espanhol Isaac Albéniz, mais conhecido pelas suas obras para piano, baseadas em música popular espanhola.

Albéniz foi um menino-prodígio que, com quatro anos, já tocava em público e, aos quinze, já tinha dado concertos em vários países do mundo. Aos sete anos, ficou aprovado no exame de admissão ao Conservatório de Paris, na classe de piano, mas foi-lhe recusado o ingresso, porque, enquanto brincava com uma bola que tinha tirado do bolso, partiu o vidro de uma janela.
Depois de uma curta passagem pelo Conservatório de Leipzig, foi estudar para Bruxelas, em 1876. Em 1870, foi para Budapeste, com a intenção de estudar com Franz Liszt, mas, quando lá chegou, descobriu que Liszt se encontrava em Weimar, na Alemanha.
Em 1883, encontrou o compositor e professor Felipe Pedrell, que o inspirou na composição de música espanhola, como a Suite Espanhola, op. 47. O quinto andamento dessa obra, chamado Astúrias, é, nos dias de hoje, mais conhecido por fazer parte do reportório para guitarra, embora fosse, originalmente, escrito para piano e, só mais tarde, transcrito para guitarra. Muitas das sua outras composições foram, também, transcritas para guitarra, em particular, por Francisco Tárrega. Albéniz afirmou, uma vez, que preferia as transcrições de Tárrega às suas próprias obras, originalmente escritas para piano.
Durante a década de 1890, Albéniz viveu em Londres e Paris e escreveu, principalmente, obras para teatro. Em 1900 recomeçou a escrever música para piano. Entre 1905 e 1909, compôs a sua obra mais conhecida, Ibéria, uma suite de 12 “impressões”, para piano.
Isaac Albéniz faleceu em Cambo-les-Bains, no País Basco, no dia 18 de Maio de 1909 e está sepultado no Cemitério do Sudoeste, em Barcelona.


Astúrias, da Suite Espanhola, op. 47, de Isaac Albéniz
Guitarra: Andrés Segovia

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John Williams – Guitarrista australiano

por António Filipe, em 24.04.13
No dia 24 de Abril de 1941 nasceu em Melbourne, na Austrália, o guitarrista John Williams.

Em 1952, a família mudou-se para a Inglaterra. Williams começou a estudar guitarra com o pai, que era inglês e que, mais tarde, fundou a Escola de Guitarra de Londres. A partir dos 11 anos frequentou cursos de Verão com Andrés Segovia, na Academia Musical Chigiana, em Siena, na Itália. Mais tarde frequentou a Royal College of Music, em Londres, onde estudou piano, porque a escola não tinha um departamento de guitarra. Quando se graduou foi ele próprio que criou esse departamento, que dirigiu durante os primeiros dois anos.
A primeira actuação profissional de John Williams realizou-se no dia 6 de Novembro de 1958, no Wigmore Hall, em Londres. Desde daí, actuou um pouco por todo o mundo e em vários programas de rádio e televisão. Gravou a quase totalidade do repertório para guitarra e álbuns de duetos com os seus colegas guitarristas Julian Bream e Paco Peña. Em 1973, partilhou, com Julian Bream, um Grammy, na categoria de melhor actuação em música de câmara.
Embora seja mais conhecido como guitarrista clássico, John Williams também explorou muitos dos outros géneros musicais. Foi membro do grupo de fusão “Sky”. Também é compositor e arranjador. Em 1979, juntou-se ao guitarrista de rock Pete Townshend, do conjunto inglês “The Who”, num espectáculo de beneficência a favor da Amnistia Internacional e é patrono da Campanha de Solidariedade pela Palestina.


Asturias, de Isaac Albeniz
Guitarra: John Williams

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No dia 16 de Fevereiro de 1925, nasceu, em Coimbra, o compositor e o mais virtuoso dos guitarristas portugueses Carlos Paredes, a quem chamaram “o homem dos mil dedos”.
Influenciado pela música de câmara da Renascença e pelo fado de Coimbra, desenvolveu ao longo dos anos um estilo pessoal que, a partir da tradição e apoiado no vigor de execução, mitificou um instrumento: a guitarra portuguesa.
O bisavô já tocava guitarra. O avô Gonçalo também. E o pai, Artur Paredes, foi um dos mais importantes renovadores da guitarra portuguesa em Coimbra na primeira metade do séc. XX. Neste ambiente cresceu Carlos Paredes, que, pela vida fora, fez da guitarra portuguesa mais um membro do seu próprio corpo, mais um corpo da portugalidade genuína.
“A minha mãe achava que eu tinha bom ouvido e sugeriu ao meu pai que eu fosse aprender violino. O meu pai - homem de bom gosto - disse: ‘Não vai nada. Só valeria a pena estudar violino se ele fosse como o Heifetz.’”
O facto é que o jovem Carlos ainda estudou violino, por volta dos dez anos de idade, mas tinha a escola da guitarra em casa e o mestre no seu próprio pai. Esta tradição familiar com quase dois séculos levou Carlos Paredes a aprofundar os seus estudos sobre um instrumento que, durante toda a sua vida, considerou "menor", limitado, e ao qual procurou acrescentar inovações que o tornassem completo, mas com pouco sucesso
Homem de extrema modéstia, recusou ser profissional da guitarra, dizendo que gostava demasiado da música para viver à custa dela e intitulando-se um simples “músico popular urbano”. Os críticos e especialistas dedicaram-lhe um outro adjectivo: “genial”.
Paredes defendia que a guitarra portuguesa é um instrumento que não está estudado, que se toca bastante ao sabor da improvisação. A propósito desta mesma improvisação, afirma que, para ele, tocar é improvisar sempre um pouco. "É como falar com alguém. É possível que a guitarra também fale... O improviso é o momento em que se cria qualquer coisa".
Tentou acrescentar mais uma corda à guitarra: "Fiz tentativas nesse sentido - comecei-as há 5 anos e, de vez em quando, ainda me entretenho com elas. Para conseguir uma afinação idêntica à do alaúde bastaria acrescentar à guitarra portuguesa mais uma corda grave porque é um instrumento com muitas deficiências de baixo. Fiz uma experiência acrescentando-lhe um Mi grave. Simplesmente, acontece que essa corda desequilibra o instrumento, que parece já ter atingido a sua forma definitiva".
Sempre num registo de humildade, o guitarrista considera que as próprias limitações da guitarra portuguesa o levam a compor e executar uma "música menor", por comparação com a "música maior" que diz ser a música clássica ou erudita. "A guitarra não é de modo nenhum essencial na música portuguesa. Como já disse, não é, na sua origem, portuguesa. O que com ela se interpreta de mais característico é o fado”.
"Quando eu morrer, morre a guitarra também. O meu pai dizia que, quando morresse, queria que lhe partissem a guitarra e a enterrassem com ele. Eu desejaria fazer o mesmo. Se eu tiver de morrer."
Carlos Paredes morreu em Lisboa, no dia 23 de Julho de 2004. A guitarra não foi enterrada com ele. E ainda bem.

Verdes anos, de Carlos Paredes
Guitarra: Carlos Paredes

Movimento Perpétuo, de Carlos Paredes
Guitarra: Carlos Paredes

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