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Apenas os pequenos segredos precisam de ser ocultados. Os grandes, esses, ficam mais protegidos à vista de todos, tornados invisíveis pela incredulidade geral.

– Marshall McLuhan


A vasta maioria dos leitores recordará, vagamente, a primeira das duas Bertas. A versão oficial, diz-nos que aqueles grandes canhões alemães, da 1ª Guerra Mundial, receberam esse nome em honra da matriarca da família Krupp, Bertha Krupp von Böhlen und Albach. No fim de contas, eram o epítome da industria pesada alemã, e a empresa Krupp era o epítome dessa indústria.

Não devemos nunca, contudo, eliminar o génio humano em qualquer equação que envolva a espécie. Em O Meu Século, Günther Grass conta-nos uma história diferente e em pouco menos de duas páginas de puro génio, conta-nos a História de setenta e cinco anos da Alemanha, até aqueles anos fatídicos de 1914-1918. A Dicke Bertha de Grass era, afinal, a Berta Gorda, mulher dum operário da Fundição Krupp. Não era por mal, todos gostavam da Berta, amiga dos seus amigos, sempre pronta a ajudar. ...Que não se vivia nada mal, lá no bairro operário...". Por vezes, a fuligem da chaminé estragava a roupa, estendida a secar, mas era também nessas ocasiões que a Berta Gorda melhor revelava o seu carácter amistoso.

Então um dia, a Fundição recebeu a encomenda do tubo de aço vazado mais avantajado que já havia sido produzido, e maquinado com um grau de precisão que não deixava dúvidas quanto ao seu propósito. Perante as suas proporções, os operários da Fundição lembraram-se da Berta, assim, anafada; estava criada a alcunha e não era por mal, era por amizade. Era trabalho e assegurava o comer nas mesas, lá no bairro operário.

Depois..., bem, depois, o Ludendorff foi buscar o homem da Berta Gorda, mas quem quiser saber o resto que leia o livro. Günther Grass conta-nos magistralmente, como a coesão social, engendrada pelo Estado Social de Bismarck, produziu as massas disciplinadas que se precipitaram sobre as trincheiras de Verdun.

Ora, vem isto a propósito do mais recente episódio da nossa tragi-comédia colectiva: A Refundação. A vasta maioria dos comentadores interroga-se a respeito da semântica implícita. Foi nestas páginas que a verdade foi desvendada: Passos Coelho sofre de palato bífido; é assim a modos como um anti-texano: é virtualmente incapaz de produzir sons nasalados. O que ele quer mesmo é refoder.

Este é o momento em que as máscaras caiem. A nossa troika caseira atingiu aquele ponto de liberdade extrema em que já não há nada a perder. Exactamente como diria o(a) Bobby McGee. Esquecem-se que os portugueses estão a atingir rapidamente o mesmo ponto de liberdade: as nossas próprias "Bertas Gordas" estão a ficar mais esquálidas, de dia para dia. Algumas ainda acham que andaram a viver acima das suas posses, durante anos. São cada vez menos. Estão cada vez menos coesas.

Existe no entanto um aspecto, em que as nossas Bertas-cada-vez-mais-magras continuam manobráveis e esse tem a ver com aquele efeito de que McLuhan nos falou: como pessoas intrinsecamente sérias que são, continuam a acreditar na sacralidade das dívidas; como pessoas intrinsecamente de bom-senso, continuam a acreditar que a dívida foi criada porque os credores nos emprestaram uma parte do que tinham em caixa, em vez de ter sido criada, literalmente, ex nihilo, literalmente a partir do nada. Como pessoas ingénuas que são, continuam muito preocupadas com os 60 cêntimos que saem dos seus impostos, para pagar a actividade parlamentar que temos — incompleta, limitada, de intensidade mínima, democrática — e ainda não conseguem preocupar-se com os milhares de milhões do serviço da dívida.

Será que alguma vez serão capazes de ver para além daquele muro invisível que colocaram ante os seus olhos? Acho que a História é ambígua a este respeito. Talvez sejam capazes de reagir como Islandeses; o mais provável é que um qualquer "...comam brioches..." mais destrambelhado, leve as nossas Bertas à violência extrema. Esse será o dia em que já não vale a pena perguntar o que há de especial na proverbial palha que quebra as costas do camelo. Não hã nada de especial, é apenas uma em demasia.


Freedom's just another word for nothing left to lose,
Nothing don't mean nothing honey if it ain't free.
And feeling good was easy, Lord, when Bobby sang the blues,
You know feeling good was good enough for me,
Good enough for me and my Bobby McGee

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publicado às 20:17

"Mais uma golpada: Com medo da democracia e das pessoas, com medo dos protestos, PSD e CDS, com a abstenção do PS, impõem a alteração da ordem de trabalhos da Assembleia, antecipando a votação do Orçamento do Estado. Assim, em vez de ocorrer por volta das 16.00h/17.00h, a votação ocorrerá antes das 15.00h."
[via Raquel Freire]
ADENDA: afinal parece que anteciparam a votação para as 14.30. Às tantas até já votaram ontem. Quem tem cu, e sabe que anda às maçãs dos outros, tem medo.

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publicado às 13:52


Até um dia

por n, em 31.10.12

Este é o momento de parar. Até um dia!

 

P.S. - Este "Até um dia" é naturalmente uma opção pessoal, a qual em nada víncula os restantes autores deste espaço de opinião e debate! (adenda inserida às 16h11)

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publicado às 11:58


Insanidade

por Luís Grave Rodrigues, em 31.10.12

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publicado às 00:38


Howard Ferguson – Pianista e compositor irlandês

por António Filipe, em 31.10.12
No dia 31 de Outubro de 1999 morreu, em Cambridge, na Inglaterra, o pianista e compositor irlandês Howard Ferguson. Tinha nascido em Belfast, Irlanda, a 21 de Outubro de 1908. O seu talento musical manifestou-se cedo.

O pianista Harold Samuel ouviu-o, quando tinha 13 anos, e encorajou os pais a deixá-lo viajar até Londres, para ser seu aluno. Estudou na Escola de Westminster e ingressou no Royal College of Music, em 1924, para estudar composição com Ralph Vaughan Williams. Também estudou composição com Malcolm Sargent.
O primeiro sucesso de Ferguson como compositor foi a 1ª sonata para violino. Mas, chegou à conclusão que nunca conseguiria ganhar a vida só como compositor. Dedicou-se, então, à música de câmara, formando um trio de piano, violino e violoncelo, em que ele era o pianista. Este trio seria, mais tarde, ampliado para formar o Ensemble Players. Em 1933 compôs, para este agrupamento, a obra que o tornou famoso: o octeto para 2 violinos, viola, violoncelo, baixo, clarinete, fagote e trompa.
Durante a 2ª guerra mundial, Ferguson ajudou Myra Hess a organizar os populares concertos diários na National Gallery, em Londres, para levantar o moral dos ingleses. Entre 1948 e 1963 foi professor de composição na Royal Academy of Music.
Depois de compor "The Dream of the Rood", em 1958-59, Ferguson abandonou a composição, para se dedicar à musicologia. Afirmou que, nas poucas obras que compôs, tinha dito tudo o que queria dizer. A sua obra publicada inclui unicamente 20 composições.


Sonata nº 2, op. 10, para violino e piano, de Howard Ferguson
Violino: Isaac Stern
Piano: Myra Hess

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publicado às 00:01


Dia da(s) Bruxa(s)

por Ana Bento, em 30.10.12

A Bruxa Má,como as bruxas más das histórias para crianças, tudo tem feito para ser odiada. A única coisa que a Bruxa Má nos tem oferecido são muitas maçãs envenenadas. Desde 2009, tem sido ela a embruxar-nos. A Bruxa Má não quer resolver a crise europeia. Quer amaldiçoar-nos. Resistir no poder e europeus que se lixem: é o lema desta Bruxa.
Desde 2009 decidiu que a única receita para a crise é a "austeridade". A Bruxa Má vai reinando, envenenando-nos com as maçãs que nos vai obrigando a engolir. Um dia ,a Bruxa Má vai perguntar ao espelho se há alguém mais belo do que ela, o espelho vai rachar-se em mil bocadinhos.

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publicado às 22:58


A reafundação da trindade

por António Leal Salvado, em 30.10.12

Paulo – Refundamos!
Pedro – Refundar…?!
Paulo – Refundir!
Pedro – Refundir??
Paulo – Refundir!
Pedro – … a coligação?
Paulo – Refundimos a coligação?
Pedro – Refundamos então!
Paulo – Coligação refundida!
Vitor – E o pote?
Paulo - Refundamo-lo!
Pedro - Refundimo-lo…
Vitor – Refundamos!
Pedro – Re…fundamos?!
Paulo – Refundimos, irra!
Vitor - Refundamos então o pote!
Paulo - Refundamos, (salvo seja) irmãos!
Vitor - ... e refogamos
Pedro – Refoguemo-lo!

 

Paulo – E o Contribuinte?
Pedro – Refundimo-lo…
Paulo – Refundamo-lo!
Vitor – Re-afundamo-lo…
Pedro – Reafundemo-lo! Refundimo-lo e refogamo-lo!
Vitor – E, cruzes canhoto, o Estado?
Pedro – Refundimo-lo e refogamo-lo
Paulo – … e revogamo-lo!
Pedro – Revoguemo-lo!
Vitor – Revogamo-lo?!
Pedro – Revogamo-lo. Reafundamos, refundimos e refogamos!
Paulo – Refogamos?
Pedro – … e afogamos!
Vitor – … e afogamos?
Pedro – Afogamos! Reafundamos, refundimos, refogamos e revogamos!
Vitor – E o contribuinte? Refogamo-lo?!
Coro – Refodamo-lo!

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publicado às 21:00


Cambalachos da austeridade

por António Leal Salvado, em 30.10.12

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publicado às 01:44

Embora tardiamente, Passos Coelho concluiu, finalmente que chegou ao fim do caminho que tem vindo a trilhar. Só uma tal conclusão explica que tenha vindo agora a falar em "refundação", conceito que só pode ser visto como a última tábua de salvação a que um náufrago, como ele, pode lançar mão para não se afogar de vez. A "refundação" mais não é, pois, do que uma proposta de revisão da Constituição a realizar sob os auspícios da troika. Só que uma tal tarefa não a conseguirá ele levar a cabo sem a cooperação do PS, pois contando embora com a maioria dos deputados no hemiciclo de S. Bento, não dispõe da maioria qualificada de dois terços.

O PS já manifestou, por  várias vezes, a sua indisponibilidade para colaborar nessa manobra e não seria de esperar outra coisa. Além de lhe cumprir salvaguardar o estado e a coesão social, até aos limites do possível, sob pena de se desmentir enquanto partido socialista, contemporizar com uma tal iniciativa seria o mesmo que aceitar que "Roma" pode pagar a "traição dos idos de Março", uma segunda vez.: a primeira com a vitória eleitoral em Junho de 2011 e a segunda com uma revisão da Constituição oferecida de bandeja.

Diga-se, com toda a clareza, que  um tal cenário (o da colaboração do PS numa revisão constitucional, nestas circunstâncias) nem sequer me parece  possível, a menos que o PS esteja disposto a cometer suicídio.

Não significa isto que Passos Coelho, chegado ao fim do trilho, não tenha outros caminhos e um deles até  está nas suas mãos. Coelho pode, de facto, provocar a realização de novas eleições, demitindo-se. Quem sabe se, em novas eleições legislativas, não consegue os almejados dois terços para conseguir destruir a Constituição que tantos engulhos lhe tem causado desde a primeira hora.

Tem, aliás, boas hipóteses de alcançar o seu objectivo. Gente distraída é o que, neste país, não falta e com dinheiro à fartura e cobertura na comunicação social também pode contar. O Fernando Ulrich do BPI e o Nuno Amado do BCP, pelo menos, estão, pelo que tenho lido, dispostos a abrir os cordões à bolsa e dinheiro do BES estou em crer que também não faltará. E quanto à comunicação social sabe-se que está, na generalidade, do seu lado e há sempre um Mário Crespo, um Camilo Lourenço, um Henrique Monteiro, um Zé Manel e mais uns quantos "fanáticos", incluindo do sexo feminino (Maria João Avilez e Graça Franco, por exemplo) dispostos a dar uma ajudinha.

Mesmo assim, admite-se que o resultado não são favas contadas, pois os eleitores, por vezes, conseguem não se deixar cair na esparrela, por muito bem que esta tenha sido montada.

Mas nem um eventual insucesso deve preocupar Passos Coelho, pois mesmo derrotado tem emprego assegurado numa qualquer das empresas que já privatizou ou tenciona privatizar. Deixo aqui, desde já, algumas sugestões que Passos pode aproveitar. Por exemplo: electricista na EDP, ou na REN ou empregado  de cabina na TAP. Ainda ponderei sugerir o lugar de piloto na TAP, ou o de gestor nalguma das empresas privatizadas, mas acho que tais cargos estão fora de questão, pois não se entregam cargos de chefia ou de gestão a quem já deu provas, enquanto primeiro-ministro, que não tem competência, nem perfil para o desempenho de tais cargos. Duvido mesmo que, perante a inábil actuação, o "padrinho" Ângelo Correia o aceite de volta.

Mesmo na pior das hipóteses, não há razão para Passos Coelho desanimar. Há gente neste país, bem mais qualificada do que ele, que não encontra emprego, porque, graças à sua política de empobrecimento, Portugal já conta com mais de um milhão de pessoas desempregadas. Como último recurso, seguindo o seu próprio conselho, pode sempre emigrar. E cá estarei, numa tal eventualidade, a desejar-lhe boa viagem.

(imagem daqui)

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publicado às 00:53


René Jacobs – Maestro e contratenor belga

por António Filipe, em 30.10.12
No dia 30 de Outubro de 1946 nasceu em Ghent, na Bélgica, o maestro e contratenor belga René Jacobs, que é reconhecido internacionalmente como um dos mais importantes maestros no domínio da ópera barroca dos séculos XVII e XVIII.

Durante a infância, René Jacobs descobriu o gosto pela música como cantor na catedral de Ghent. Depois de frequentar a Universidade de Ghent, estudou canto em Bruxelas e complementou a sua formação em Haia. Gustav Leonhardt, Alfred Deller e os irmãos Kuijken encorajaram-no a especializar-se como contratenor. Ao fim de poucos anos, tornou-se num dos mais eminentes cantores neste domínio, dando recitais em toda a Europa, nos Estados Unidos e no Extremo Oriente. Fascinado pela música barroca e pelo seu vasto repertório, dedicou-se com paixão à redescoberta das primeiras óperas e de outras grandes obras esquecidas, começando a dirigir as partituras no momento em que a sua carreira de cantor atingia grande popularidade.
Ao fim de pouco tempo, René Jacobs ganhou grande reputação como maestro. É convidado regularmente por teatros e festivais de prestígio por todo o mundo. Em 1998, recebeu o Grand Prix para "Melhor Actuação Lírica do Ano", pelo Orfeo de Monteverdi, que dirigiu no Festival de Aix-en-Provence. No ano seguinte, foi nomeado "Personalidade Musical do Ano", nomeadamente pelas suas gravações de Così fan tutte, de Mozart e de Il primo Omicidio de Alessandro Scarlatti. Em 2000, recebeu o Grand Prix du Disque da Academia Charles Cros. René Jacobs gravou mais de 250 discos. Scarlatti, Gluck, Monteverdi e Mozart foram os compositores que mais vezes interpretou e que lhe valeram prémios de prestígio. Fez gravações consideradas históricas, como “As Bodas de Fígaro” e “Cosi Fan Tutte”, de Mozart.


Abertura da ópera “As Bodas de Fígaro”, de Mozart
Agrupamento “Concerto Koln”
Maestro: René Jacobs

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publicado às 00:01

"Os quatro principais diários portugueses vendem hoje a capa a um banco. Trata-se de uma verdadeira capa e não de uma capa falsa, que pode ser arrancada do jornal como é costume. Um dos jornais até põe o nomes dos directores na publicidade. O estertor do jornalismo numa banca perto de si..." [António Granado]

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publicado às 20:15


Vai longe o tarde

por António Leal Salvado, em 29.10.12
Hoje não são palavras demonstrativas de que a Política foi mandada enterrar a um lambe-botas, de que as leis da Ciência Económica estão a ser rasgadas por uma manada de asnos, de que a Ética foi sequestrada por bandoleiros que escarram na Ciência por um canudo, de que a Cidadania abafa as forças debaixo de um reles cabresto. Há dias em que um homem, cansado de tão malbaratada ciência, já não cabe em palavras frias.

o o

Este território já não é o solo de uma Pátria – é o balcão de uma agência
Aqui não há poemas – há contas
e as contas não se prestam – ajustam-se
Não há administração – há ajustamento
Não há governantes – há cobradores
porque não há mandato – há mandança
porque não há salários – há juros
porque não há cêntimos para repartir – há milhões para pagar
António, João e Joaquim não são nomes – são dígitos;
A1, A23 e A25 não são estradas – são fitas de máquina registadora
Subsistência não é trabalhar – é emigrar
Não há homens – há recursos
Não há famílias – há encargos
Não há doentes – há despesa
Não há idosos – há sustentabilidade
Não há exemplo de cima para ir mais acima – há tirania para baixo e para ir mais fundo
Não há templos a garantir a esperança do céu – há sacristias a apontar o pavor do inferno
Não há o direito à alimentação – há o dever da dieta
Não há o ónus de evoluir – há a sujeição ao sacrifício
E não há limites para os limites
Não há o direito a querer viver – há a imposição de deixar-se morrer

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publicado às 01:30


O lenocínio de Deus

por Luís Grave Rodrigues, em 29.10.12

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publicado às 00:11


Refundidos...

por Ariel, em 29.10.12


"Posso compreender que é difícil equilibrar orçamentos do Estado, mas há limites à dignidade humana. Será que algum governante já tentou viver com o que pensar pagar-se num mês de subsídio mínimo de desemprego? E ainda pensa reduzi-lo? O que pensa um governante quando olha ao espelho e diz em voz alta que vai pagar esse valor em subsídio?"


Sabem os meus amigos quem foi o autor de tão arrojada escrita de pendor subversivo, este perigoso esquerdista? Pois trata-se nem mais nem menos  do que João Duque na sua coluna "Confusion de Confusiones" no Caderno de Economia do Expresso. 

Chegados a este ponto, quando destacados membros da elite que ajudou Passos Coelho e tutti quanti a chegar ao poder, sentem repulsa e necessidade de se demarcar claramente da política de traição praticada por fanáticos, irresponsáveis mentirosos incapazes de lidar com a realidade, quando o Presidente da República se mantém num pesado silêncio desistindo de ser o porta-voz do povo que sofre, não restam dúvidas de que já fomos engolidos pelo abismo.

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publicado às 00:03


Franco Corelli – Tenor italiano

por António Filipe, em 29.10.12
No dia 29 de Outubro de 2003 morreu, em Milão, o tenor italiano Franco Corelli. Tinha nascido a 8 de Abril de 1921, na cidade de Ancona – a mesma cidade em que ele próprio veio a promover um importante concurso internacional de canto, destinado a descobrir e estimular jovens cantores talentosos.

Um pouco à imagem do exemplo da sua própria carreira, que apenas quis iniciar depois dos 30 anos, por exigência de um trabalho de aperfeiçoamento da voz que nunca achava completo…
Por esse trabalho muito sério e pelos excepcionais dotes vocais que tinha, Franco Corelli foi reconhecido e aclamado como um dos maiores tenores do séc. XX. Um tenor que tinha tudo para ser o preferido de muitos dos críticos e melómanos do século: voz potentíssima, de agudos claros e fortes, excelentes atractivos físicos, presença de palco carismática.
O compositor preferido de Corelli era Puccini. Com dotes únicos de “casar” a voz com a orquestra, ele deslumbrava todos com a “cor” que dava aos personagens, com a perfeição de harmonia entre a personalidade da voz e o acompanhamento da música.


Ária “Che gelida manina”, da ópera “La bohème”, de Puccini
Tenor: Franco Corelli

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publicado às 00:01

Francis Bacon (1909 - 1992)

por Sofia Videira, em 28.10.12

Nasceu em Dublin a 28 de Outubro de 1909, viria a morrer em Madrid em 1992. Francis Bacon foi um dos pintores da Nova Figuração. A sua trajetória artística caracterizava-se por uma profunda independência, ocupando assim um lugar à parte que dificilmente se relacionava com algumas das mais distintas tendências artísticas do pós guerra, nos anos 70. Francis Bacon viria a influenciar os artistas do Movimento Pop Inglês.

O pintor tinha uma visão atormentada da realidade, o que acabaria por chamar a atenção de um público traumatizado pela experiência da guerra.  

As fantasias masoquistas, a pedofilia, o desmembramento de corpos, a violência masculina ligada à tensão homoerótica, as práticas de dissecação forense, a atracção pela representação do corpo (um especial fascínio pelos fluidos naturais: sangue, bílis, urina, esperma etc.) e, no geral, com tudo o que está directamente ligado à transgressão seja relacionada com o sexo, a religião (são paradigmáticos os seus retratos do Papa Inicêncio X que efectuou a partir da obra de Diego Velasquez) ou qualquer tabu, foram as peças com as quais Bacon construiu a sua visão "modernista" do mundo.

Bacon acreditava que o homem, ao fazer uso da sua liberdade, acbava por libertar a besta que havia em si. Para o pintor, o homem era tal como qualquer outro animal, quer na satisfação das suas necessidades, como o sexo e a defecação, quer na solidão, como a morte. O homem não passava, para ele, de um pedaço de carne.

Papa Inocêncio X

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publicado às 12:57


poesia canina

por Rogério Costa Pereira, em 28.10.12

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publicado às 01:12


Joseph Bodin de Boismortier – Compositor francês

por António Filipe, em 28.10.12
No dia 28 de Outubro de 1755 morreu, em Paris, o compositor francês Joseph Bodin de Boismortier, invejado por uns, odiadopor outros e amado por outros tantos. Tinha nascido a 23 de Dezembro de 1689, em Thionville. Mudou-se para Paris em 1724, onde iniciou uma fecunda carreira como compositor. Publicou 102 obras que abrangeram as mais diversas formas musicais, tanto no campo vocal como instrumental.

A popularidade das obras de Boismortier permitiu-lhe sempre uma certa independência económica, sem ter necessidade de recorrer a patronos, recurso muito utilizado na sua época. Poucas contêm dedicatórias e, quando estas existem, enfatizam sempre uma estreita relação entre o compositor e a pessoa a quem é dedicada a obra, nunca revelando uma atitude servil ou bajuladora.
Embora tenha composto com o principal objectivo de atingir popularidade rapidamente, o que fez com que Boismortier tenha enriquecido em pouco tempo, as suas obras não são de menosprezar. Um teórico musical da época escreveu, em tom de crítica: "Contente anda o Boismortier, cuja caneta fértil consegue dar à luz, sem dor, uma peça de música por mês". A tal crítica, consta que Boismortier simplesmente respondeu: "Estou a ganhar dinheiro...".
Recentemente, a sua obra tem vindo a ser redescoberta e as suas composições de câmara são de tal nível e em tal quantidade que lhe têm valido a alcunha de "Telemann francês". Tal como o seu colega alemão, Boismortier conhecia, a fundo, os instrumentos para os quais compunha e o seu texto musical é sempre fluente e equilibrado.


Concerto em ré maior, para fagote, dois violinos, violoncelo e baixo contínuo, de Joseph Bodin de Boismortier
Agrupamento Corelli Consort

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30 mais 1 mais 50 = LFV

por n, em 27.10.12

Quero agradecer aos associados do SLB que votaram massivamente, uma vez mais, em Luis Filipe Vieira. Espero ver, mais uma vez, o benfica, numa final europeia, tal e qual foi anunciado pelo presidente, treinador, e afins, ao longo dos últimos doze anos.
Obrigado, mais uma vez!

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publicado às 11:18


Vanessa-Mae – Violinista nascida em Singapura

por António Filipe, em 27.10.12
No dia 27 de Outubro de 1978 nasceu, em Singapura, a violinista Vanessa-Mae, filha de uma pianista clássica e advogada chinesa e de um empresário de hotelaria tailandês. Tornou-se famosa mundialmente fazendo gravações onde mistura música clássica com pop, jazz, techno e outros ritmos modernos. Após a separação dos seus pais, a mãe casou com um inglês. Vanessa cresceu em Londres e é cidadã britânica. Começou a tocar piano aos 3 anos e aos 5 já tocava violino.

Adquiriu fama no Reino Unido quando, em criança, aparecia com regularidade na televisão. Ao entrar na adolescência, Vanessa-Mae rompe a influência que tinha com os pais e torna-se conhecida pela sua aparência e estilo sensual e glamoroso nos videoclipes de música. Apareceu com Janet Jackson no álbum The Velvet Rope a tocar violino solo.

Foi recebida com aclamação e elogiada pelo seu estilo e talento pessoal, mas também gerou muita controvérsia. Alguns críticos disseram que as suas habilidades técnicas e musicais são de facto rudimentares e que ela é apenas um produto típico da indústria da música a tentar usar o sex appeal para vender música clássica. Outros há que acham que ela está a prestar um mau serviço à música clássica. Ela contrapõe, dizendo que estes críticos são demasiado tradicionais e elitistas e incapazes de apreciar a sua fusão de música clássica com música pop.
Vanessa-Mae foi a mais jovem solista a gravar os concertos de Tchaikovsky e Beethoven. Gravou ambos com, apenas, 13 anos.


Tocata e Fuga em ré menor, de Johann Sebastian Bach
Violino: Vanessa-Mae
Orquestra Sinfónica da Radiodifusão de Bratislava

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