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Aproveito este meu primeiro texto na PEGADA e vou a reboque de dois hóspedes com mais tempo de casa (António Filipe e António L. Salvado, aqui). O texto é sobre democracia, mas podia ser sobre o Jogo do Galo. Roubei o título ao Renoir para impressionar.
Adiante… Há uma altura na nossa vida, dependendo da perspicácia de cada um se é mais ou menos cedo, em que o Jogo do Galo deixa de ter piada. Há uma altura em que o empate se torna o desfecho inevitável do jogo (deu velha, diz-se no Brasil). Fica viciado, perdemos o interesse e abandonamos. Lembro-me ainda de alguns jogos de tabuleiro em que tivemos de alterar as regras para que ganhassem emoção. Mudar para não perder o interesse. Para continuar a jogar.
Penso que algo similar se passa com “esta” democracia e o nosso desejo de continuar ou não a jogá-la, ou a ver jogar, não sei bem, dependerá da perspectiva, na maioria das vezes sinto-me como o tipo que fica sempre de fora a marcar os pontos na sueca, ou os salários que os outros ganham. Escrevo “esta” democracia, podia ser “essa” ou “aquela”, mas é “esta” que mais lhe convém, exactamente pela proximidade, pela imersão, estou aqui e agora e é dela este cheiro que conspurca e não larga. Há que entender que “democracia” é, antes de qualquer outra coisa, um conceito a que colamos o conteúdo que melhor se lhe adequa desde o nosso ponto de vista. Se, etimologicamente, designa, grosso modo, a soberania exercida pelo povo, o significado de “soberania” e “povo” não é unívoco. Nem será necessário estabelecer a comparação com a da Antiga Grécia, e não, não estou a afirmar que “essa” era melhor.
“Esta” democracia, que está aí, é o conceito ao qual escolhemos atrelar uma prática que acabou por fazê-la implodir numa espécie de oligarquia financeira. Só por ingenuidade ou por hábito continuamos a utilizar o conceito para designar “isto”. O povo está muito longe do poder. Há muito que o voto, “este” voto, deixou de ser a “arma do povo” e caminha a passos largos para se tornar de todo dispensável.
Não se trata de suspender a democracia, tão só de alterar-lhe as regras inquinadas pela rotatividade dos mesmos, pretensamente eleitos de forma livre.
Poucos dias passados de “umas eleições para mudar”, advogam os comentadores do costume, a pairar sobre o povo e sem abandonar a sua zona de conforto (expressão fantástica), coisa para os outros, que a viragem apenas terá lugar a partir do momento em que o PS decida sair do seu estado comatoso. Voltamos ao viciado Jogo do Galo… E se agora for eu a começar? Agora é que é… Tabula rasa. Como se nada. A memória em suspenso. Fingimos que é desta, que é um jogo novo e que o cheiro já não incomoda.
Vergonha nossa, que aceitamos o simulacro como se da realidade se tratasse. Mas fazemo-lo porque continuamos a pensar “desde dentro”, de onde nos deixam, acantonados, perpetuando o Jogo do Galo e abdicando da dignidade e da liberdade.
Felizmente, não entendo que a democracia seja a “vaca sagrada” que nos fazem crer. Estará também na sua essência a legitimidade da sua própria discussão e transformação. Ainda vamos a tempo de lhe mudar as regras, criar outras, que não se compadeçam com o discurso do inevitável e tragam de volta a vergonha à coisa pública. Devemos fazê-lo, antes que alguém nos acorde deste sono absurdo a que chamamos democrático e nos proponha, ou imponha, um jogo novo. Daqueles que dispensam quase tudo, até a liberdade. Pode suceder. Costuma suceder. Principalmente quando o desespero assoma. Como agora. A questão será apenas a de saber o que estamos dispostos a fazer.
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